sábado, 7 de outubro de 2017

Dois coitados

Na noite sombria da vida
Uma garoa congela a alma
De dois coitados transeuntes
Descobertos seres indignos
Em um diálogo sem voz
-Uma alvorada sem comida
Um crepúsculo  sem cama
Nada mais sera como antes
Após seguidos desatinos
De um pobre ser preterido .
Mas meu grito se aquieta 
E todo o frio e toda a dor
Se esmorece em meu amor.
Após uma vida conturbada
Com diversos picos a vales
Foi fiel a minha amada
Enfrentando juntos os males
De uma existência medíocre.
-Ah se tu soubesse, meu querido
Do tamanho do meu afeto
Nao se sentiria tão  pobre
Pois já teria percebido
A opulência  do sem teto
Que muito ama e é amado.
E sob este cenário lúgubre
O ultimo suspiro dado
Por esta senhora nobre
Ecoaria pelo mundo
Humanizando os imundos.
Uma Mercedes-Benz blindada
A mataria atropelada













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