terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Por fora da janela



passo minha vida olhando pelas janelas
Oh Deus! por que me colocaste para fora
todo o infinito que existe por trás delas
e nunca para dentro onde meu sonho mora?
quanta ternura, quanto afeto eu vejo
por quanto tempo agonizarei mundo a fora
no pai que viu crescer o fruto de um beijo
na mulher que responde com seu gracejo
se adentro é onde meu coração mora?
mas esse infinito amor  some abruptamente
se me condenaste à marginalidade
e uma cortina  fecha a minha frente
por que me mostra tanta cumplicidade
não peço mais uma existência querida
nestas tuas obras pinceladas com vida
eu desejo apenas uma boa jazida
que por mais que as aprecie, não as adentro
onde finalmente estarei por dentro


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passo minha vida olhando pelas janelas
todo o infinito que existe por trás delas
quanta ternura, quanto afeto eu vejo
no pai que viu crescer o fruto de um beijo
mas esse infinito amor  some abruptamente
e uma cortina fecha a minha frente
oh Deus! por que me colocaste para fora
e nunca para dentro onde meu sonho mora?
por quanto tempo agonizarei mundo a fora
se adentro é onde meu coração mora?
se me condenaste à marginalidade,
por que me mostra tanta cumplicidade
nestas tuas obras pinceladas com vida
que por mais que as aprecie, não as adentro?