Riso do pobre

Deus, este dia jamais chegará!
O dia que vêm o meu alvará
Quando meu amor me vir como igual
E como superior, o meu rival

Quantas vezes ensaiei o meu perdão
Depois de sofrer tanta humilhação
O meu mundo eu a ofereci
mas tão pouco ela não quis pra si

Ainda que não seja mais mendigo
Tirar os trapos de dentro de mim
É difícil, ainda não consigo

Oh meu amor e maior algoz
Eu ainda nao estaria só
Se um pobre como eu tivesse voz

pagode

Procurei por todos os lugares
Em todo canto, em balde tentei
Olhei da biblioteca até os bares
Mas foi ao meu lado que te encontrei
Dentre todas era a mais incrível
Eacredite muito observei
Mas a oportunidade é perecível
Não estava atento e me dancei
Seu coração já tem dono, eu sei
É melhor do que eu você tem razão
Não vou esquecer desta decepção
Um dia você estava lá sozinha
Confesso fui tolo e fiquei na minha minha
Agora só me resta a solidão
De esperar os olhos teus no breu
Onde meus olhos te amarão em vão

sabedoria

Quem somos nós para afirmarmos nós?
Se eu perder, o outro será o algoz!
Quantas mais lágrimas escorrerão
Só os mais fortes sobreviverão!
Para saciarmos nossa ambição?
De Deus posso tirar está lição
Uma hora nossa vez vai chegar
Para viver tenho que matar
E tudo o que fizemos será em vão
Seja o boi, a grama ou o nosso irmão
Porque na morte não há distinção!

Deus diga-me se eu não tenho razão
Nossa espada é meio de opressão
Se eu não devo lutar pela nação
Vida ou morte está em nossa mão
Diga-me quem será o egoísta ?
Não devemos ser maniqueístas
Se o outro por nós não tem empatia
Não é santa nossa infantaria
Por que espera de mim sabedoria?